Dia a Dia

A Pandemia e as Telas

Cada dia mais presentes na vida de crianças e adultos, as telas têm sido companheiras frequentes em todos os momentos e espaços. E alcança todas as faixas etárias: do bebê assistindo um vídeo no celular à vovó antenada no whatsapp. Mas quais os impactos que essa exposição pode ter na vida e no desenvolvimento das crianças?

O diálogo a respeito do uso excessivo de telas é extenso. Os estudos avançam a cada dia no sentido de identificar e correlacionar diferentes transtornos e efeitos nocivos vistos em crianças e adolescentes com a exposição a tais estímulos.

Sabe-se atualmente que as telas estão ligadas diretamente a problemas como irritabilidade, ansiedade infantil, déficit de atenção e hiperatividade, transtornos do sono, comportamento violento ou agressivo, sedentarismo, obesidade (na infância, adolescência e mesmo na vida adulta), entre outros. Além disso, já está comprovado que bebês que ficam excessivamente expostos às telas têm maiores chances de terem atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem.

Mas então o caminho é excluir as tecnologias da vida da criança e abolir totalmente as telas?

Primeiramente, isso seria impossível. Ela está e estará exposta as estas tecnologias em diferentes ambientes e oportunidades. Além disso, seria prejudicial, pois, no momento em que não fosse possível impedir (na casa de algum amiguinho, da vovó, na escola ou mesmo que fosse apenas lá na adolescência), ela não saberia fazer o uso adequado, o que poderia causar ainda mais problemas. O equilíbrio é a chave para essa questão (e para tantas outras). Usar, com moderação e atenção pode se mostrar muito mais benéfico.

As tecnologias podem ser importantes ferramentas na criação dos pequenos. E, em tempos de isolamento social, sejamos francos, pode auxiliar e muito. Seja para falar com aqueles que amamos e de quem neste momento precisamos nos manter afastados; como instrumento de ensino na educação remota ou mesmo como um auxílio na hora daquela reunião por vídeo conferência no home office.

A dica é controlar o tempo de acesso e conteúdo.

Já que já conversamos sobre a rotina, por que não deixar um espaço de tempo para essa atividade? Sabe aquela meia hora antes do almoço, quando você está com todas as panelas a mil no fogão e não pode desgrudar o olho delas? O então naquele momento de fazer o mais novo tirar a sonequinha, que o maior está a mil por hora? Para cada família, a hora das telas pode fazer sentido de uma maneira, mas o cuidado com a duração dessa atividade, continua valendo, certo?

E para finalizar, vale lembrar que “o que” a criança assiste é tão importante quanto “por quanto tempo”. Escolher conteúdos de qualidade, sem exposição à violência, sem excesso de estímulos e com temáticas interessantes é de fundamental importância.

Descobriu um conteúdo interessante para os pequenos? Conta pra gente!


Clara Lamego – mãe do Valentin e administrativo Jacarandá Casa de Brincar

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